sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Polo de Excelência do Leite facilita exportação de lácteos

Polo de Excelência do Leite facilita exportação de lácteos

Reginaldo Cangussu/ Sectes MG
O gerente do Polo de Excelência do Leite, Airdem Assis
O gerente do Polo de Excelência do Leite, Airdem Assis
 


UBERABA (21/08/09) - O gerente executivo do Polo de Excelência do Leite, Airdem Gonçalves de Assis, defendeu, nessa quinta-feira (20), durante a 2ª Expogenética, em Uberaba, no Triângulo Mineiro, um trabalho de cooperação efetiva com o Polo de Excelência em Genética. Assis proferiu palestra com o tema: "Qualidade, Segurança e Exportação de Produtos Lácteos: Desafios do Polo de Excelência do Leite", e reconheceu que Minas Gerais e o Brasil precisam ampliar a participação no mercado externo de lácteos, seguindo modelos como o da Nova Zelândia, que é líder mundial nesse segmento econômico. 

Instalado em Juiz de Fora, na Zona da Mata, o Polo de Excelência do Leite é uma ação do Governo mineiro, por meio da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes), para consolidar a liderança do Estado na inovação e na produção de lácteos. Com o apoio do comitê gestor, composto por entidades e instituições de excelência, entre elas a Embrapa Gado de Leite, Instituto Cândido Tostes/Epamig e Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), o polo desenvolve ações para romper uma série de paradigmas no universo mineiro do leite. Tem a função de articular os diversos atores, como universidades, centros de pesquisa e representantes dos produtores, apoiando novas pesquisas e qualificação profissional. 

Na pista de julgamentos da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), entidade reconhecida pela sua força na representação e no melhoramento genético de suas raças ao longo de mais de um século, Airdem Assis disse que a pecuária brasileira evoluiu muito e merece respeito. Contudo, é preciso agora, sob a liderança do polo, trabalhar para que os produtos lácteos ocupem mais espaço na pauta de exportações do Estado e do país. Assis defendeu um trabalho sintonizado entre os polos do leite e o de genética bovina para alcançar melhores resultados. E prontamente foi atendido pela gerente executiva do polo de genética, professora Beatriz Cordenonsi. 

Minas Gerais responde por 28% da produção nacional de leite com aproximadamente 7,3 bilhões de litros de leite. Porém, mesmo numa posição de liderança confortável na produção, o Estado ainda agrega pouco valor ao seu produto, vendendo matéria-prima, quando poderia ampliar em muitas vezes o volume de negócios se tivesse alcançado outro patamar, inclusive no que se refere à produtividade e qualidade. Apesar dessa realidade, houve, segundo o gerente executivo do polo, uma evolução no comércio de lácteos a partir de 2004. 

Sobre as ações do polo, Airdem Assis disse que são várias, sendo a qualidade e a segurança dos produtos lácteos, incluindo boas práticas, como uma das mais importantes; o mestrado profissionalizante inédito para atender à indústria, em parceria com a UFJF e Embrapa Gado de Leite; a exportação também é outro foco perseguido com a filiação do Brasil à Federação Internacional de Lácteos (FIL), com sede na Bélgica. A consolidação do pólo com a participação da iniciativa privada é outro objetivo do gerente. Segundo ele, até agora as ações foram financiadas apenas pelo Governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), o que inclui 14 novos projetos já aprovados. 

Uma parceria internacional com a Nova Zelândia deve ser buscada pelo polo e Embrapa juntos. "A Nova Zelândia é um modelo a ser seguido, tanto no que se refere à produção, produtividade, qualidade dos seus produtos, quanto na comercialização. A nossa filiação à FIL já é muito importante para podermos utilizar os padrões internacionais definidos por ela", observou Airdem ao ressaltar a existência de outros problemas em Minas e no Brasil como a questão do soro que precisa ser equacionada com tecnologia, do contrário continuará sendo um grande poluidor.

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